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Livro Purga Em Angola Pdf: O Documento que Abala a História de Angola



Purga em Angola aborda os acontecimentos ocorridos no dia27 de Maio de 1977. Militantes, simpatizantes, amigos efamiliares dos "purgados", dezenas de milhares de pessoas,passaram por cadeias, campos de concentração . Muitosforam mortos após aterradores interrogatórios ou emfuzilamentos sumários. Por estranho que possa parecer asatrocidades cometidas no Chile de Pinochet assume umamodesta proporção quando comparadas aos acontecimentosde 77 emAngola.É impossível compreender os acontecimentos do 27 de Maiosem recordar a história do MPLA e de um "outro" MPLA, quese constitui à margem do MPLA organizado de grandesnomes.Após 32 anos grande parte do mundo continua sem saber oque realmente aconteceu. Este livro tenta cruzar toda ainformação e descrever para entendimento comum o queterá sido o 27 de Maio de 1977 e como esses acontecimentos




Livro Purga Em Angola Pdf



Resposta à recensão do livro Purga em Angola A história contemporânea, pela proximidade dos acontecimentos, suscita em geral maior atenção e, por vezes, acaloradas discussões. Mas, em regra, nada que se compare ao ocorrido com o livro Purga em Angola. Comentado em dezenas de jornais, revistas e blogues, as apreciações foram do muito bom ao péssimo, tendo suscitado críticas à direita e à esquerda. Uns, porventura preocupados com os seus interesses ou negócios, disseram não ter gostado; outros, certamente por verem atingidos velhos amigos (mesmo que irreconhecíveis), não hesitaram em considerar os processos de investigação como métodos pidescos. Contudo, mais do que o tom azedo das críticas, imperou a difamação. E os insultos surgiram quer em jornais portugueses de referência, quer mesmo no oficioso Jornal de Angola, sempre dirigidos à co-autora do livro, o que se explicará com o facto de ser mulher. A provocações não se responde por escrito. Mas responde-se à preocupação com o esclarecimento dos factos. Por isso, entendemos responder à recensão publicada pela jornalista Lara Pawson, na revista Relações Internacionais do passado mês de Junho, agradecendo desde já o ter considerado o livro como contributo valiosíssimo para o esclarecimento do tema. Claro que, na recensão, a aparente simplificação podia ser interpretada como caricatura do que pretendíamos dizer. Passemos também por alto sobre as afirmações não fundamentadas ou inconsistentes a respeito do outro mpla ou da obra de Jean-Michel Mabeko Tali, afinal 36 citações do único trabalho académico de fôlego sobre o mpla (num livro com nada menos que 560). Tais simplificações ou alusões não põem em causa a seriedade do escrito de Lara Pawson, a capacidade para ultrapassar preconceitos, a busca sincera da verdade. Vamos, então, responder a algumas críticas e observações, corrigir interpretações a nosso ver menos justas e prestar esclarecimentos considerados importantes para o aprofundamento do tema. 1. Lara Pawson põe em dúvida a validade de algum material aqui utilizado, dando como exemplo a transcrição de frases ditas em segunda mão, como o propósito de Agostinho Neto desmantelar a organização existente em Luanda ou a afirmação de que Lúcio Lara acusara, com um ano de antecedência, Nito Alves de preparar um golpe. O serviços de Intelligence ensinam que uma informação do tipo disse que disse não deve ser atirada para o cesto dos papéis. Apesar de mal classificada, deve ser conservada, pois novas informações podem vir a confirmá-la. E foi o que aconteceu naqueles casos. Demonstrou-se que a direcção oficial do MPLA cedo começou a desmantelar a organização existente do Movimento e do Poder Popular: expulsou e prendeu quadros, suspendeu organismos de direcção, alterou toda a estrutura dos dom, retirou a legitimidade aos órgãos eleitos do poder popular. E demonstrou-se, também, que o anúncio do golpe de Estado se repetiu, por mais de uma vez. O próprio Nito Alves, quatro Cartas à Redacção 203


Nito Alves e José Van-Dúnem tinham sido formalmente acusados de fraccionismo em Outubro de 1976. Os visados propuseram a criação de uma comissão de inquérito, que foi liderada pelo actual Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, para averiguar se havia ou não fraccionismo no seio do partido.


As conclusões desta comissão nunca chegaram a ser divulgadas publicamente mas, segundo alguns sobreviventes, revelariam que não existia fraccionismo no seio do MPLA. De acordo com o livro, o próprio José Eduardo dos Santos e o primeiro-ministro de então, Lopo do Nascimento, seriam também alvos a abater pela cúpula do MPLA. O actual Presidente terá sido salvo pelo comissário provincial do Lubango, Belarmino Van-Dúnem.


Os autores do livro chegam à mesma conclusão depois de cruzarem a informação recolhida, desde entrevistas a sobreviventes, ex-elementos da polícia política (DISA) e antigos responsáveis do MPLA, a notícias ou arquivos da PIDE e do Ministério dos Negócios Estrangeiros português.


O livro tenta reconstruir os acontecimentos antes, durante e pós 27 de Maio de 1977 e dá conta de testemunhos que referem os horrores a que os chamados fraccionistas foram submetidos, desde prisões arbitrárias, a tortura, condenações sem julgamento ou execuções sumárias.


Purga em Angola aborda os acontecimentos ocorridos no dia 27 de Maio de 1977. Militantes, simpatizantes, amigos e familiares dos "purgados", dezenas de milhares de pessoas, passaram por cadeias, campos de concentração . Muitos foram mortos após aterradores interrogatórios ou em fuzilamentos sumários. Por estranho que possa parecer as atrocidades cometidas no Chile de Pinochet assume uma modesta proporção quando comparadas aos acontecimentos de 77 em Angola.É impossível compreender os acontecimentos do 27 de Maio sem recordar a história do MPLA e de um "outro" MPLA, que se constitui à margem do MPLA organizado de grandes nomes.Após 32 anos grande parte do mundo continua sem saber o que realmente aconteceu. Este livro tenta cruzar toda a informação e descrever para entendimento comum o que terá sido o 27 de Maio de 1977 e como esses acontecimentos


Luís dos Passos, o atual secretário-geral do Partido Renovador Democrático,[9] num jipe com seis militares, dirigia a tomada da Rádio Nacional de Angola, enquanto, nos musseques, Sita Vales e José Van-Dúnem incitam os operários e os populares à revolta. Segundo o ex-delegado brasileiro Cláudio Guerra relatou em seu livro Memórias de uma Guerra Suja, o atentado a bomba que precedeu a tomada da Rádio Nacional e que matou a cúpula do MPLA presente na rádio foi executado por ele e mais dois policiais brasileiros, todos integrantes da extrema-direita brasileira, que haviam sido enviados em missão secreta a Angola.[10]


Em abril de 1992, o governo angolano reconheceu que foram "julgados, condenados e executados" os principais "mentores e autores da intentona Fraccionista", que classificou como "uma acção militar de grande envergadura" que tinha por objectivo "a tomada do poder pela força e a destituição do presidente Neto". 2ff7e9595c


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